On the Road foi o livro que
introduziu Kristen Stewart na leitura. Agora seu papel no filme trás um novo
realismo.
Kristen Stewart não tinha lido
Twilight de Stephenie Meyer quando o papel de Bella Swan foi oferecido à ela.
Ela estava mais interessada no clássico da Geração Beat, de 1957, On the Road de
Jack Kerouac. Ela poderia relatar ao papel seu sentido de
ousadia.
“É raro encontrar personagens
ficcionais que vivam tanto, que respirem tanto,” disse de forma afiada a
inteligente atriz de 22 anos. “Eu pensei, que eu tinha que achar pessoas como
estas, pessoas que me puxem e compartilhem das minhas ambições. Não que eu seja
inconvencional, mas eu me desafio em limites e fronteiras diferentes do que
muitas pessoas, e o livro diz que tudo bem. O livro celebra isso. Eu dormi com
On the Road no meu criado mudo quando consegui minha licença. Foi o primeiro
livro que me introduziu à leitura.”
A prosa cheia de vida de Kerouac –
que criou personagens impressionantes envolvendo drogas, álcool, e sexo
experimental enquanto viajavam pelos Estados Unidos entre 1947 e 1951 – foi
durante muito tempo considerada infilmável. Após a publicação do romance,
Kerouac escreveu para Marlon Brando desejando que a estrela interpretasse Dean
Moriarty (baseado no amigo de Kerouac, Neal Cassady) enquanto Kerouac
interpretaria Sal Paradise – baseado nele mesmo.
Francis Ford Coppola também tentou
fazer o filme após comprar os direitos em 1979. Ainda não aconteceu, até que
Walter Salles de The Motorcycle Diaries veio e a versão do filme finalmente veio
à tona.
Após a conquista de Stewart em seu
papel no filme Into the Wild de Sean Penn, Penn e o diretor Alejandro Gonzalez
Inarritu sugeriram ela à Salles para o papel da esposa de Dean, Marylou (baseada
na primeira mulher de Cassady, LuAnne Henderson). O par se casou quando LuAnne
tinha 15, e enquanto se divorciavam, ele tinha um bebê com sua segunda mulher
Carolyn (interpretada por Kirsten Dunst), Cassady continuou a cair na estrada
com LuAnne e eles permanecerem próximos até a morte dele.
No tempo que On the Road entrou em
produção, Stewart se tornou um nome familiar e foi a chave para as mulheres na
história terem mais destaque. Ela ressalta que a história original de Kerouac
que de início trazia o real nome das pessoas (ele foi forçado a trocá-los, assim
como algumas partes da histórias, para poder ser publicada) foi mais próximo da
verdade, particularmente em termos de mulheres, e a mais notável
LuAnne.
“É engraçado porque no romance muitas
das primeiras impressões das pessoas é que LuAnne é simplesmente um brinquedo,
que ela é fudid* e não recebe muito em retorno,” Stewart diz. “Mas ela
simplesmente ama amar e é capaz de equilibrar todos os seus desejos, enquanto os
caras tem mais dificuldade em fazê-lo. Eu acho que ela tinha esse vista linda e
única do mundo e era muito a frente do seu tempo.”
“Depois do sucesso do livro se tornou
definitivamente algo que muitas pessoas quiseram converter em capital … para
LuAnne era tão pessoal. Nunca foi algo que ela quisesse transformar em um
produto de consumo ou algo que ela queria continuar. Foi simplesmente um estágio
da vida dela.”
“Ela sempre disse que era tão
engraçado para ela que as pessoas pensassem que ela era corajosa. Era diferente
para todos, mas LuAnne não estava se rebelando contra ninguém. Ela estava
simplesmente sendo ela mesma.”
Embora ser destemida sendo ela mesma
seja algo para a mídia – a tímida Stewart aspira isso – “Eu acho tão ridículo
quando atores de repente se acham tão interessantes que eles concordam em vender
a si mesmo” – ela admire ter mais em comum com o narrador do livro,
Sal.
“Como LuAnne, eu estava um pouco com
medo de não ser capaz de perder o controle; que eu não fosse capaz de deixar ir.
Felizmente, eu fui, mas eu não acho que você pode afirmar que de repente você é
uma pessoa diferente.”
“Atores interpretam personagens… mas
eu acho que você está simplesmente deixando fluir qualidades que estão
enterradas profundamente.
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